Dra. Taís Brusantin de Oliva
Ortopedista especialista em cirurgia de ombro e cotovelo
A epicondilite lateral do cotovelo, também conhecida como cotovelo de tenista, é dolorosa.
Não se trata de uma inflamação comum, na verdade, é uma lesão causada pelo uso excessivo e sobrecarga dos tendões que se ligam ao cotovelo.
Epicondilite lateral do cotovelo, também conhecida como cotovelo de tenista, é dolorosa.
Não se trata de uma inflamação comum, na verdade, é uma lesão causada pelo uso excessivo e sobrecarga dos tendões que se ligam ao cotovelo.
Apesar de ser associada à prática de tênis, ela pode afetar qualquer pessoa que faça atividades que impactam a articulação. São os movimentos repetitivos e traumas que provocam o problema caracterizado pelo desgaste dos tendões.
Os mais afetados são os dos músculos extensores dos punhos e das mãos. Eles se originam nos epicôndilos, aquelas saliências no final do úmero (osso do braço), por isso chamamos de epicondilite.
As consequências não costumam ser graves caso haja tratamento adequado e o paciente faça adaptações na rotina para evitar sobrecarregar os músculos e tendões novamente.
Do contrário, a condição pode se tornar crônica e provocar danos mais sérios.
Sintomas
A dor da epicondilite lateral começa na parte externa do cotovelo e se estende até os dedos das mãos. Isso dificulta a execução de diversos movimentos.
Veja alguns exemplos:
O diagnóstico da epicondilite lateral é feito com base nos sintomas e no exame físico realizado pelo ortopedista.
Exames de imagem, como radiografias, ultrassonografias ou ressonância magnética, são solicitados para avaliar a gravidade da lesão e também para descartar outros problemas que podem causar sintomas semelhantes.
O tratamento para a epicondilite lateral do cotovelo exige repouso, fisioterapia, e uso de órteses.
Para aliviar a dor são usados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de compressas de gelo.
Quando a dor intensa persiste por muito tempo, injeções de corticoides podem ser usadas, mas trazem um alívio apenas temporário.
A recuperação pode levar semanas e até meses, dependendo da gravidade da lesão.
Só pensamos em cirurgia para tratar epicondilite lateral de cotovelo se não tivermos sucesso depois de um longo período aplicando o tratamento conservador.
Quem pode ter epicondilite lateral de cotovelo?
Como já vimos, qualquer pessoa que realize atividades que geram sobrecarga para a articulação pode ter a lesão.
Porém, os casos são mais frequentes entre adultos com idade entre 35 e 50 anos, sejam eles praticantes de esportes ou sedentários.
Veja alguns exemplos de profissionais que estão mais expostos à epicondilite lateral do cotovelo pela natureza das ocupações que exercem.
Os movimentos repetitivos para golpear a bola, representam alto risco de lesões no cotovelo para jogadores de tênis, squash, badminton e outros esportes que envolvem o uso de raquete.
Profissões que envolvem o uso excessivo das mãos e punhos, como carpinteiros, pedreiros, pintores, mecânicos e jardineiros, aumentam o risco de epicondilite lateral do cotovelo não só pelos movimentos repetitivos, mas também pelo uso de ferramentas vibratórias.
Pessoas que trabalham com digitação no dia a dia e outros movimentos repetitivos comuns em escritórios, como operadores de call center, escriturários e digitadores, também estão mais vulneráveis à epicondilite lateral do cotovelo.
Instrumentistas, em especial aqueles que tocam instrumentos de corda como violão, guitarra ou violino, podem desenvolver epicondilite lateral devido à tensão constante nos músculos do antebraço e punho.
Professores, principalmente aqueles que escrevem muito no quadro negro, fazendo movimentos repetitivos com o braço, também estão entre os profissionais com maior prevalência de epicondilite lateral do cotovelo.
A prevenção da epicondilite lateral do cotovelo depende do cuidado com a postura durante atividades profissionais ou que sobrecarreguem a articulação.
O fortalecimento dos músculos é fundamental, mas precisa ser bem orientado e executado.
Nunca dispense os alongamentos antes e depois da prática de exercícios.
Quem já sofreu a lesão precisa ter consciência de que o resultado de qualquer tratamento só será satisfatório e duradouro se as rotinas que contribuíram para o desenvolvimento da epicondilite forem evitadas.
Dra. Taís Brusantin de Oliva
CRM 35382 / RQE 28242
Médica formada pela UEL - Universidade Estadual de Londrina com Residência de Ortopedia e Traumatologia também pela UEL; Especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo pelo Hospital do Servidor Estadual de São Paulo; Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo.
Consultório
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